quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Ah, o Caribe...



Essa é uma viagem que eu estava planejando desde que cheguei à Costa Rica. Panamá! E se a viagem pra Nicarágua foi a mais surreal até agora, diria que essa a Bocas del Toro foi a mais bela!
Abra o google maps para acompanhar melhor minha saga...

Saímos de Playa Tamarindo às 4:00 da manhã sem ter dormido (festa na "noite" anterior). Éramos dez. A guia (Rá! Eu!) 8 europeus e uma japa. Como foi uma viagem organizada pela escola, fomos em  uma van privada que buscou cada aluno em sua respectiva casa. Seguimos viagem atravessando o país rumo à Sixaola, cidade que faz divisa com o Panamá, passando por San José, Alajuela, Limón (lado Caribenho). É incrível que em um país tão pequeno haja tanta diversidade. Frio em San José, calor em Limón, e a paisagem que muda a cada momento do lado de fora da janela: vegetação rica, vulcões, praias... não dá pra dormir!

Chegamos em Sixaola às duas da tarde. A partir daí, era por nossa conta, já que nossa van particular não podia atravessar a fronteira. Com os passaportes carimbados, tivemos que atravessar a tenebrosa ponte que divide Costa Rica e Panamá a pé. É uma ponte de aço, mas a parte de baixo é de madeira... Velha... melhor não olhar pra baixo!

Já do lado do Panamá encontramos Willy, um panameño de uns 3m de altura que faz o transfer da fronteira até Puerto Mirante por US$ 10,00/pessoa.  Mais uma hora e meia de estrada e belíssimas paisagens até o porto, onde pegamos uma lancha (US$ 4,00/pessoa) até Isla Colón, a principal ilha do arquipélago Bocas del Toro. Meia hora no barco em alto mar. Uma delícia!

Mal chegamos na ilha e já tínhamos um monte de propostas de tours para o dia seguinte. Fechamos com Miguel, que foi indicado pelo Willy. Nos acomodamos em um hostel legalzinho (ar condicionado, sem café da manhã a US$ 10,00 a diária).

Isla Colón é uma cidadezinha de dez ruas que são identificadas por números. A "rua" principal é a primeira, a parte que fica ainda na água. É onde está a maioria dos bares e restaurantes. Na primeira noite jantamos em um restaurante de comida típica. Nada de muito diferente da comida da Nicarágua ou Costa Rica (arroz e feijão, sempre). A maior diferença é que na parte do Caribe, inclusive da Costa Rica, se utiliza leite de coco em quase tudo (principalmente no "rice 'n beans"). Após o jantar fomos a um bar chamado Barco Hundido, que fica parte na terra (entrada) e parte na água. Imagine-se sentado em um píer, tomando cerveja, ouvindo merengue à luz do luar. E a melhor  parte é que se olhar pra baixo você vê peixes, corais... Perfeito! Só não vale beber muito e cair na água.

Como ninguém estava dançando, o bar ficou chato logo. Resolvi ir até o ponto de "taxi" ao lado e negociar um tour pelas ilhas. O moço não tava entendendo que eu queria um barco pra já (tipo... 10 da noite!), mas consegui fechar um tour de 20 minutos a 30 dólares (US$ 3,00 porcada). Foi divertidíssimo.

No dia seguinte fizemos um tur que chamam de completo. Você paga US$ 20,00 para o dia todo num barco com cooler, então dá pra levar lanche, bebida... O tur é fabuloso! Saímos às 10:00 da manhã. Começamos com uma visita à Dolphin Bay, onde vimos golfinhos (de longe, mas tá valendo). Depois fizemos snorkelling em alto mar. Incrível! nadamos com peixes de tudo que é forma, cor e tamanho, sem contar os corais coloridíssimos. Depois do snorkelling almoçamos em um restaurante no meio do nada... Água cristalina (ou verde-água?) por todos os lados e peixes supersimpáticos em volta todo o tempo esperando por restos de comida. Calma que ainda não acabou. Depois do almoço fomos à Red Frog Island. Tem esse nome pela vasta quantidade de rãs vermelhas, como essa da foto. Mas são pequenas, difícil de ver. E, acreditem: eu peguei uma na mão! Mas o maior atrativo da ilha não são as rãs, mas a praia de areia branca e água cristalina. Passamos o resto do dia ali e voltamos, claro, exaustos.

Para fechar no mesmo nível, no dia seguinte fomos à Isla Zapatillas que, por unanimidade nos foi ecomendada como a praia mais bonita do arquipélago. Sabe o reality show Survivor (programa americano que a globo copiou pra fazer o "No Limite")? Pois é... há alguns anos é gravado lá. A ilha fica há uma hora da Isla Colón e é simplesmente perfeita. Como é uma reserva nacional, não há uma construção sequer na ilha, nenhum sinal de civilização. Como chegamos cedo, foi mais que perfeita a sensação de que aquele paraíso todo era nosso. Juro que fiquei emocionada ao ver a cor da água, o conjunto da obra. E pra ajudar, a temperatura da água é ótima, o que nos fez passar quase todo o dia boiando ali... nos esquecendo de retocar o protetor solar. Resultado: Voltei tostada com mais nove lagostas no ônibus! Exaustos, com a pele dolorida, mas gratos pela viagem perfeita!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Olha eu aqui de novo...


Faz tempo que não posto os tópicos das comédias da minha vida privada... Não que não tenha acontecido nada, mas, você sabe...

* Aprendi a gostar da Papaya (gata com quem divido o apê, da foto). Sempre que subo as escadas de casa sozinha, no escuro, ela vai junto fazendo escolta para o caso de aparecer um gambá, uma cobra, um lagarto, um rato... Acredite: ela é muito eficiente!
* Ainda sobre Papaya: aqui tem muito gambá de desenho animado (aquele preto e branco, igual o Pepe le gambá que namora uma gata). Há umas semanas eu vi Papaya brigando com um, e ela estava com medo, o que é estranho pois até cachorro grande a metida enfrenta. Pois bem, semana passada fizeram um escarcéu na cozinha (pois é!!) e, no dia seguinte, eu estava aqui na varanda quando escuto gritoS da Verônica (argentina com quem também divido o apê). Juro que pensei que alguém tinha morrido, mas quando chego na sala, ela está pasma dizendo que o gambá estava dentro de casa comendo junto e harmoniosamente com a gata. O desespero da minha hermana argentina não era o mesmo meu (pô! um gambá dentro de casa!!); ela estava chocada por ver sua "filha" com seu primeiro namorado!
*O meu francês (idioma) está se desenvolvendo na marra. Nas duas viagens que fiz como "guia" pela escola (Guachepelin e Panamá, conto depois) a maioria das pessoas do grupo falava francês. Já aprendi um monte de palavrão e entendo boa parte das conversas... to amando!
* O meu francês (Rá!) que me conhece muito bem detectou uma TPM e disse carinhosamente que entendia por que eu estava um pouco penible (vamos traduzir como sensível). Ao que eu reajo: "Peníble é o caralho, meu nome é Zé Pequeno!!" Tá, eu não falei com a boca, mas com os olhos... quem me conhece sabe. Tadinho.
* Mooooorrro de rir com francês falando "Naranja". Maggigirls, peçam pro Paul falar! kkkkkkkkkkkkkkk
* O povo já tá me confundindo com Tica, mesmo quando abro a boca. Acho que enfim meu espanhol tá decente.
* A Kana (Japa) vai pra Guatemala e eu acho que vou visitá-la.
* Já tomo café igual aos ticos;
* Aqui a gente quase não houve falar no terremoto do Haiti. Eu fiquei sabendo pela minha mãe, uns dois dias depois. Mas é culpa minha, que não vejo TV e ultimamente nem tenho lido jornal...
* Não pára de chegar aluno novo na escola. 40% Noruegueses, 30% Holandeses 2% Japoneses e o resto, de outros lugares da Europa;
* Tenho encontrado alguns brasileiros de férias por aqui. Me emocionei ao ouvir as palavras "breja, mermão, baladinha...". Agora vejo o Fábio Avelino (o cantor) direto e sempre que vou ao Nibana, onde ele toca, fico maravilhada. Nossa música é a melhor!
* Volto com os posts sobre Guachepelin e Panamá! Simplesmente incríveis!!