terça-feira, 24 de novembro de 2009

Guacamole de água viva

Gente... eu choquei o povo aqui adivinha com quê... Vitamina de abacate! Quando disse que no Brasil se consome abacate com açúcar, a platéia quase infartou (tinha uma colombiana, uma japonesa e uma americana... a reação foi a mesma). Quando contei da vitamina então... a japa quase botou os bofes pra fora de nojo. Para quem não sabe, outras culturas (pelo jeito o mundo inteiro, menos nós) costumam consumir a fruta com sal, na salada ou para fazer o delicioooso guacamole (prato mexicano salgado e de acompanhamento feito com abacate amassadinho. Em espanhol, abacate é aGUACAte, tendeu? hã hã?).

Como minha colega de apê é bem entendida de Brasil, fiquei curiosa para saber se ela sabia dessa. Quando contei, ela fez cara de absurdo como as outras. Prometi fazer uma vitamina essa semana. Depois conto como foi.

Mudando de comida pra água, fiz minha segunda aula de surf! Bem, não foi bem uma aula porque eu não tive que pagar dessa vez. Fui com a Verônica e seus amigos que surfam há anos a uma praia mais distante (Praia Grande, mas fica na cidade de Tamarindo mesmo). A praia é linda, a que mais gostei até agora. Mas nem adianta cobrar foto porque pra chegar lá, temos que atravessar um pequeno rio. A nado. Eu tô falando sério. Deu um desespero na metade do caminho... Eu cansei, aí queria desistir. Mas voltar ou continuar dava na mesma, e eu não ia dar trabalho pro povo. E valeu a pena! Que praia é aquela... primeiro, deserta. Claro né, quem que ia ser bocó de atravessar o rio a nado pra ir lá? Segundo, água clarinha... um azul incrível e as ondas na hora certa. Isso quer dizer que não foi uma loucura como na primeira aula em Playa Tamarindo, onde vinha uma onda atrás da outra. Mais pro fundo a água é como em Flamingo... a maior parte do tempo calma, dava pra deitar na prancha e tomar sol.

Mas, nem tudo são flores. Como a lei de Murphy já me achou aqui, naquele dia estava tendo uma convenção internacional de águas vivas justamente naquela praia. Toda as águas vivas do mundo estavam lá! Gente... eu não estava entendendo o que estava acontecendo. Nunca tinha visto (ou sentido) algo daquele jeito. Parecia um monte de mosquitos aquáticos me picando ao mesmo tempo! Foi assim que aprendi a me equilibrar na prancha! Como fui com uma prancha menor (quanto menor, mais difícil) eu estava tendo certas dificuldades de parar deitada em cima dela (pulava e caía do outro lado.. pernas pro ar!). Mas foi só as bichinhas começarem a "picar" que dei um jeito de parar lá em cima. Pois bem. Vencida a etapa das águas vivas, comecei a praticar com meu "instrutor" americano Maicah. Bem, dessa vez não engoli água nem a prancha fugiu de mim. Mas não consegui ficar de pé nenhuma vez. Porém, peguei duas ondas do começo ao fim deitada. É tããooo legal! Para os engraçadinhos que pensarem "deitado, até eu..." digo que até pra isso é preciso técnica. Ganhei parabéns! Quando achei que estavam me zoando, a Vero me disse que eles surfam há muito tempo e que ela mesmo só começou a ficar em pé na prancha depois de alguns meses, treinando quase todo dia. Eu digo que o babado é forte! Nunca mais vou zoar surfista. Tiro o chapéu pra eles!

Por incrível que pareça, apesar da travessia do rio e tudo, não fiquei tão cansada como da outra vez, nem meu corpo ficou dolorido.

Bom, meu povo, por hoje é só! Beijosss

Nenhum comentário:

Postar um comentário